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quinta-feira, 2 de junho de 2016
Cientistas afirmam que conseguiram patentear a “cura” do diabetes tipo 1
A diabetes de tipo 1 não é uma doença fácil de lidar, tampouco de ser curada.
Até o momento, os cientistas têm tido muito trabalho para tentar corrigir a completa falta de insulina, que em condições normais deveria ser produzida pelo pâncreas do paciente. Em estudos anteriores, células beta saudáveis chegaram a ser inseridas em cobaias, mas elas (as células) logo foram completamente destruídas pelo sistema imunológico – isso porque, trata-se de uma condição autoimune.
Contudo, uma patente norte-americana que acaba de ser aprovada poderia ser a primeira cura funcional para a doença. Através de uma combinação de células produtoras de insulina, juntamente com uma tecnologia que permite ‘escondê-las’ do sistema imunológico por até vários anos, os cientistas foram capazes de regular os níveis de glicose em seres humanos. As células são chamadas de “Melligen”, e podem produzir, armazenar e liberar insulina em resposta aos níveis de açúcar no sangue de pacientes com diabetes do tipo 1.
O estudo foi realizado pela Universidade de Tecnologia de Sydney, na Austrália e os cientistas geneticamente modificaram a engenharia dessas células para que elas pudessem liberar insulina. Dessa forma, em um organismo com diabetes do tipo 1, em que as células beta-naturais são destruídas pelo sistema imunológico, as de Melligen seriam potencialmente eficazes.
No ano passado, a mesma equipe publicou um estudo mostrando a eficácia dos testes realizados em ratos. Logo, eles se uniram a uma companhia de biotecnologia, a PharmaCyte Biotech, para desenvolver um produto chamado ‘Cell-in-a-Box’, que, em teoria, poderia encapsular as células Melligen e escondê-las do sistema imunológico.
A estrutura de celulose especial que compõe o ‘Cell-in-a-Box’ faz com que as moléculas se movam de dentro para fora, permitindo que as células de Melligen saibam quando o açúcar no sangue está baixo. Assim, quando necessário, elas produzem e liberam a insulina. Tudo isso acontece sem o sistema imunológico perceber que elas estão lá.
De acordo com a empresa, essa tecnologia é capaz de permanecer no corpo por pelo menos dois anos, sem danos aos tecidos ou proximidades, o que significa que poderia ser uma solução de longo prazo para pessoas que sofrem de diabetes tipo 1.
Agora, com a patente concedida, exames de revisão de pares serão feitos para comprovar a eficácia do produto. Se positivo, uma solução menos intrusiva e traumática, como a aplicação diária de insulina, poderia chegar em breve ao mercado.
Fonte: http://www.jornalciencia.com/
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